A ginasta Rebeca Andrade vai dar a bandeirada final do Formula 1 Heineken Grande Prêmio de São Paulo 2021, dia 14, em Interlagos. A atleta, primeira mulher brasileira a conquistar duas medalhas em uma Olimpíada (ouro no salto e prata no individual geral) e a primeira a receber duas medalhas em um Mundial de Ginástica (ouro e prata), foi convidada pela organização da prova, com o aval da FIA e da Fórmula 1, como uma homenagem às conquistas internacionais do esporte brasileiro.

“Eu saí do meu corpo e voltei quando recebi o convite. Um sinal de respeito, uma homenagem às minhas vitórias. Eu nem consigo achar palavras para descrever o que estou sentindo. Nunca pensei que tivesse tantas oportunidades. Eu sempre lutei muito para me colocar como mulher e pela comunidade preta e usar bem esse ‘poder’ que o esporte me deu. Estou muito feliz”, disse Rebeca.

Paulista de Guarulhos, 22 anos, 1,50m, atleta do Flamengo, Rebeca Andrade é a maior estrela da história da ginástica feminina brasileira. Há duas semanas voltou a brilhar no Mundial de Kitakyushu, no Japão, conquistando a medalha de ouro no salto e prata nas barras assimétricas. Na Olimpíada de Tóquio trouxe para o Brasil a medalha de ouro no salto e prata no individual geral.

Rebeca assistirá, pela primeira vez, a uma corrida de F1 em um autódromo. Mas a admiração pelo ídolo Ayrton Senna já a acompanha desde criança: "As coisas que ele fez, como se portava, como pensava. Eu me espelhei muito nele. Há duas frases dele que eu gosto bastante: ‘Se você quiser ser bem-sucedido tem que ter dedicação total. Buscar seu último limite e dar o seu melhor. É uma coisa que eu faço todos os dias porque é meu trabalho e porque eu quero inspirar outras pessoas. Mas também faço muito por mim. A outra é: ‘Seja você quem for, qual for a sua posição social que você tenha na vida, a mais alta ou a mais baixa, tenha sempre como meta muita força e muita determinação e sempre faça tudo com muita força e muita fé em deus, que algum dia você vai chegar lá’. Eu me identifico muito com isso".

Rebeca reconhece que está preocupada com a hora de agitar a bandeira quadriculada, quando o vencedor cruzar a linha de chegada. “Quero fazer direito, quero fazer bonito”. Antes de Rebeca, apenas Pelé e Gisele Bündchen deram a bandeirada na Fórmula 1, em Interlagos.